13 de set. de 2017

Polônia rejeita uma Europa a duas velocidades – A Velha e a Nova Ordem e os interesses nacionais

O futuro está nas mãos da Polônia



Euronews, 13 de setembro de 2017 



Um misto de críticas e preocupações levanta-se na Europa Central contra o projeto da Europa a duas velocidades.

Um misto de críticas e preocupações levanta-se na Europa Central contra o projeto da Europa a duas velocidades. Líderes políticos reuniram-se no Fórum Económico que teve lugar no início do mês na cidade de Krynica, no sul da Polónia. A lacuna entre a nova Europa e a antiga esteve no topo da agenda, com temas controversos, como a Europa da duas velocidades, a crise dos refugiados.


O presidente do Senado polaco, Stanislaw Karczewski disse acreditar numa UE reformada onde a solidariedade e a soberania nacional podem coexistir: “A Polónia está pronta a iniciar a discussão sobre o futuro da União Europeia a qualquer momento. Esta é a nossa posição que é partilhada por vários outros países nesta região da Europa Central e Oriental, não só pelos atuais membros da União Europeia , mas também os países que pretendem tornar-se membros. Apoiamos o conceito da Europa composta por países solidários, que são soberanos, que cooperam estreitamente, mas que devem ser estados soberanos”.




A Polónia tem vindo a tentar melhorar a sua posição política na UE, desde 2004. Mas a França e a Alemanha têm demonstrado alguma relutância em partilhar a liderança da UE com Varsóvia. Em primeiro lugar, porque os países da Europa Central são vistos como obstáculos à integração. O baixo peso económico de certos países tende a marginalizá-los. E, apesar do crescimento económico, a distribuição da riqueza não foi homogénea.

Varsóvia também entrou em desacordo com o executivo da UE liderado por Jean Claude Junker, que acusou o partido no poder da Polónia de erradicar os padrões democráticos, tentando controlar o poder judicial. A atitude de Juncker não foi bem acolhida.

Uma parte da sociedade polaca receia que a posição da Polónia na UE pode sair prejudicada se um grupo central de países, como os que partilham o euro, decidir integrar-se ainda mais. Varsóvia rejeita abertamente a chamada União Europeia a duas velocidades, uma ideia apoiada por alguns Estados membros da UE que buscam uma integração mais profunda do que outros. No fórum económico de Krynica, o presidente da Polónia, Andrezj Duda, insistiu para que a UE continue a ser uma união de nações “livres” e iguais. Caso contrário, arrisca a desintegração.

Bruxelas lança ultimato a Varsóvia sobre a reforma judicial


A União Europeia dá um mês mais à Polónia para tomar medidas sobre as reformas judiciais que, segundo Bruxelas e uma parte da opinião pública polaca, põem em causa a independência dos tribunais.


Esta terça-feira Bruxelas avisa que se as autoridade polacas não tomarem as medidas necessárias, o caso será levado ao Tribunal Europeu de Justiça.


Até agora, nem os apelos da União Europeia nem os protestos nas ruas das cidades polacas conseguiram vergar a intenção do governo de direita de controlar politicamente o sistema de justiça do país.

Segundo a reforma judicial o governo pode nomear todos os juizes , por exemplo, nomear ou demitir todos os presidentes de todos os tribunais, sem qualquer mecanismo de controlo.

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