6 de abr. de 2017

Indonésia se associa à Rússia para “combater o terrorismo”

Pessoal da força de segurança russa de pé no metrô após os atentados dessa segunda-feira




Asian Correspondent, 06 de abril de 2017. 




A RÚSSIA procurará se aproximar da Indonésia para cooperar no combate ao terrorismo internacional, diz um alto funcionário do país. 

A Rússia está se recuperando de um atentado à bomba em um trem em São Petersburgo na segunda-feira que deixou 14 mortos e mais de 60 feridos. O ataque foi supostamente planejado para coincidir  com a visita do presidente russo Vladimir Putin à cidade. 

O embaixador do país na Indonésia, Mikhail Y. Galuzin, expressou o seu desejo de aprofundar os laços bilaterais com a Indonésia para combater o terrorismo, especialmente à luz dos ataques, relata o Jacarta Post. 


Ele expressou gratidão pelas condolências da Indonésia às vítimas e condenação ao ataque “bárbaro e brutal” durante uma conferência de imprensa improvisada em Jacarta na quarta-feira. 


É por isso que mencionei nossa apreciação pela declaração do governo indonésio por ter condenado o terrorismo e expressado solidariedade com a Rússia”, disse o embaixador. 

Isso também significa que o governo indonésio está pronto para cooperar mais com a Rússia no combate ao terrorismo internacional”. 

Densus 88 tropas de choque.

O esquadrão especial indonésio de contraterrorismo Esquadrão Especial 88 ou Densus 88 é reconhecido mundialmente como sendo altamente eficaz na prevenção de atentados terroristas. Até 2016, a unidade havia impedido pelo menos 54 tentativas de ações terroristas na nação de maioria muçulmana desde 2010. 

O Densus 88 foi fundado após os bombardeios de Bali em 2002 e foi financiado e treinado pelos governos dos Estados Unidos e da Austrália. 

No final do ano passado, o esquadrão de contraterrorismo de elite foi bem-sucedido em frustrar planos de ataques à bomba visando o palácio presidencial de Jacarta  e mais outro local planejado para o período de Natal e Ano Novo. Ambos envolveram uma  mulher bomba suicida – uma nova tática dos terroristas indonésios. 

Enquanto o grupo foi oficialmente proibido desde agosto de 2014, o governo indonésio diz que cerca de 1.200 pessoas são simpatizantes do Estado Islâmico no país. 

Os comentários do Embaixador Galuzin na quarta-feira refletem um crescente interesse russo no Sudeste Asiático, que parece estar buscando maior influência na região. 

O embaixador do país em Manila disse recentemente que a Rússia estava pronta para suprir as Filipinas com armas sofisticadas e pretende tornar-se seu amigo próximo. O presidente Rodrigo Duterte respondeu calorosamente, dizendo: “Damos as boas-vindas aos nossos amigos russos. Venham sempre que precisarem aportar aqui para qualquer coisa, para ver um jogo, ou para reabastecer os seus suprimentos ou talvez ser o nosso aliado para nos proteger”. 

O presidente do país, Vladimir Putin, convidou no ano passado o seu homólogo filipino a Moscou depois que os dois se reuniram no Encontro de Líderes da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC), em Lima, no Peru. 

A Rússia tem vindo a realizar exercícios marítimos com a marinha indonésia e pretende fazê-lo em parceria com as Filipinas em uma tentativa de combater a pirataria e o terrorismo. 

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