20 de dez. de 2016

União Europeia concorda com novas regras de armas depois de ataques feitos por militantes islâmicos

Jean-Claude Juncker


Reuters, 20 de dezembro de 2016. 



A União Europeia concordou com regras de armas mais rigorosas na terça-feira, mas foi recusada uma proposta de proibição total de armas semiautomáticas letais, como a Kalashinikov. 

A medida faz parte de uma pressão geral das regras da União Europeia que regem a compra e venda de tais armas desde que dois pistoleiros terroristas islâmicos mataram a tiro 12 pessoas nos escritórios da revista satírica francesa Charlie Hebdo, em janeiro de 2015. Militantes mataram 130 pessoas em ataques em Paris em novembro passado. 
Propostas em 2015, mas contestadas pelos 28 países do bloco, as regras restringem o acesso a algumas armas de alto calibre e facilitam o rastreamento de armas para evitar que sejam vendidas no mercado negro. 

Mas, em meio à oposição do lobby de armas da Europa, o plano da Comissão Europeia de proibir os cidadãos de possuir armas como a AK-47 russo não conseguiu apoio suficiente dos Estados-Membros. 

Temos lutado arduamente por um acordo ambicioso que reduz o risco de tiroteios em escolas, acampamentos de verão ou ataques terroristas com armas de fogo legalmente mantidas”, disse o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, em comunicado. 

É claro que eu teria gostado se tivéssemos ido mais longe”. 

A legislação em matéria de controle de armas difere amplamente em toda a União Europeia. Alguns países solicitaram isenções na compra e venda de armas de fogo semiautomáticas para grupos que vão desde clubes de tiro a colecionadores. 

A Finlândia, que compartilha uma fronteira de 1.340 km com a Rússia e administra um serviço militar obrigatório para todos os homens, opôs-se à proposta inicial da Comissão, dizendo que teria prejudicado a formação de seus clubes reservistas voluntários. 

Mas o país nórdico saudou o acordo político de terça-feira: “Eu estou muito satisfeito com o resultado”, disse a ministra do Interior, Paula Risikko.  

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