17 de ago. de 2016

Turquia liberta 38 mil presos para dar lugar aos envolvidos na tentativa de golpe




DN, 17 de agosto de 2016.



Mais de 26 mil pessoas foram detidos na sequência da tentativa de golpe de Estado de 15 de julho. Oito mil ainda estão sob investigação

O ministro da justiça turco anunciou esta quarta-feira a aprovação de um Decreto -Lei, que implicará a libertação de 38 mil prisioneiros. O principal objetivo desta medida é, segundo reporta o The Independent, desocupar os estabelecimentos prisionais para que aí sejam encarcerados aqueles condenados por terem estado envolvidos na tentativa falhada de golpe de Estado de 15 de julho.

De acordo com o governante, os reclusos a dois anos ou menos de serem libertados podem agora sair da prisão. Aqueles que já tenham cumprido metade da pena podem, por outro lado, usufruir de liberdade condicional. Bekir Bozdag insiste, porém, que esta mudança legislativa não significa a concessão de um perdão.




Os reclusos condenados por homicídios, violência doméstica, abuso sexual, terrorismo e outros crimes contra o Estado não serão abrangidos por este decreto. Os crimes cometidos depois de 01 de julho também não são contemplados por esta libertação condicional, o que representa automaticamente a continuação daqueles envolvidos no golpe falhado de 15 de julho nos estabelecimentos em causa.

Segundo o ministro da justiça turco, mais de 26 mil pessoas foram detidas e oito mil estão ainda sob investigação, na sequência da tentativa de deposição do governo de Erdogan. Milhares de professores, juízes, funcionários públicos e agentes da polícia foram suspensos. Muitos jornalistas e académicos foram levados pelas autoridades que, até ao momento, encerraram 130 órgãos de comunicação.

O governo turco atribuí a Fethullah Gulen, clérigo muçulmano exilado nos Estados Unidos da América, a responsabilidade pela orquestração do golpe. Gulen nega o envolvimento.


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