5 de mai. de 2016

Merkel pede defesa das fronteiras externas da UE para evitar regresso dos "nacionalismos"







SIC, 05/05/2016




A chanceler alemã pediu hoje, em Roma, aos homólogos europeus a "defesa das fronteiras externas da União Europeia" para evitar um "regresso aos nacionalismos".

"Do Mediterrâneo ao polo Norte", esta defesa das fronteiras da UE constitui um "desafio para o futuro da Europa", acrescentou Angela Merkel, durante uma conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi.
Merkel sublinhou que em jogo estava "a livre circulação" na Europa, tal como a UE a conheceu com os acordos de Schengen.

Renzi insistiu na necessidade de ter "uma estratégia para África", como aconteceu para resolver o problema da "rota dos Balcãs", que levava centenas de milhares de refugiados da Turquia para a Grécia.

"Não concordámos sobre as formas de financiamento" da estratégia para limitar a migração, o documento "Migration Compact" proposto pela Itália, reconheceu Renzi, uma vez que "a Alemanha recusou" financiar os países africanos de origem e de trânsito dos migrantes.

Para o chefe do executivo italiano, "o importante é investir em África", dado que os migrantes provenientes deste continente são a maioria do contingente de chegadas à península itálica.

"A Itália defende uma estratégia a longo prazo e cabe à UE assumir a liderança", acrescentou.

Nota do editor

A argumentação de Renzi é bem estranha para um chefe de estado dum país europeu, mas não se você vir isso pela ótica socialista, pois ele é um. 

Por exemplo: a ideia de investir em países africanos para que assim eles possam progredir, e não mais imigrar é totalmente inconsistente; por quê? Ora, se a imigração é devido à guerra, o que isso tem a ver com financiar países estrangeiros? Ele está dizendo algo completamente sem sentido, pois reconhece que a migração é econômica, mas, mesmo assim, insiste que o melhor seria investir nestes países. É como se ao invés de se construir uma prisão se construísse um resort.

A África convive com centenas de ditaduras, e ideologias estrangeiras. Muitas delas socialistas, e outras islâmicas, que já fazem parte da região, mas que deveriam ser combatidas de igual forma. Não vejo na fala de Merkel algo sensato, os seus dizeres contra o Nacionalismo é pura falácia. Embora eu discorde e muito de boa parte do que os tais “nacionalistas” dizem, eu não posso deixar de frisar a hipocrisia de Merkel e seus homólogos socialistas, liberais (econômicos) e verdes na União Europeia. Toda essa crise é gerada exatamente pela quebra da soberania, com promessas de estabilidade. E a União Europeia, duma zona de livre comércio, tornou-se uma máquina burocrática centralizadora. 

Os sonhos dos quais serviram de base para essa organização não eram democráticos desde o princípio. O “nacionalismo” do qual ela fala, não passa dum nacionalismo sem consistência, e cheio de ideais espúrios. A União Europeia conseguiu sepultar o nacionalismo verdadeiro, e agora trouxe ideais que são inconsistentes, e que não chegam nem perto do nacionalismo real, pois a maioria dos ditos grupos, ou políticos com tal viés, buscam dar para outro potentado uma base política sólida, para arrastar para o abismo jovens ingênuos e idealistas. 

O nacionalismo russo. 

Angela Merkel é uma hipócrita.



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