14 de mar. de 2016

Regime chinês se prepara para barrar navegação no Mar do Sul da China

Regime chinês se prepara para barrar navegação no Mar do Sul da China -: A China deseja bloquear o acesso dos EUA ao Mar do Sul da China com o sistema A2/AD que consiste em mísseis antinavios e métodos políticos de guerra.



Nenhuma demonstração de poder no resto do mundo surtirá qualquer efeito se a China conseguir implementar, com sucesso, sua estratégia antiacesso no Mar do Sul China. A implantação da estratégia da China está, muito provavelmente, em fase de conclusão.

Analistas de defesa têm alertado que a China está trabalhando em uma estratégia para bloquear o acesso dos Estados Unidos ao Mar do Sul da China, com o que eles chamam anti-access/area denial (A2/AD) tecnologia e sistemas – na qual se utilisa dispositivos e métodos para impedir um adversário de ocupar ou atravessar uma área em terra.

Isso daria à China o controle sobre a região Ásia-Pacífico, e, ainda por cima, tornaria mais difícil para os Estados Unidos intervir caso o Partido Comunista Chinês (PCC) invadisse Taiwan.

Dean Cheng, um dos principais especialistas sobre o poderio militar chinês, alertou em um relatório feito para a The Heritage Foundation, em julho de 2014, que a China estava “modernizando amplamente” suas forças armadas e incorporando sistemas A2/AD, que variam de mísseis antinavios até métodos políticos de guerra, incluindo guerra legal, de opinião pública e guerra psicológica.

O mundo tem assistido a implantação do sistema (A2/AD) pela China ao longo dos últimos dois anos.

A China tem recentemente implementado jatos, radares e mísseis antiaéreos em ilhas no Mar do Sul da China. Além disso, ela está construindo uma nova base de guerra antisubmarino para helicópteros, juntamente com pontos de reabastecimento espalhados pela região. Analistas de defesa da China estão solicitando que navios chineses alvejem os navios americanos que passarem pela região com tiros de advertência. Outros estão solicitando que o PCC instale mísseis antinavio e outras armas avançadas.

Ao se observar as armas e estratégias do PCC utilizadas no Mar do Sul da China em sua totalidade, percebe-se que o gigante asiático agora já possui sistemas para atacar alvos no ar, no mar e debaixo d’água. E isto tem sido acompanhado, quase que constantemente, por um grande número de propagandas e reivindicações legais destinadas a mudar as percepções globais sobre suas ações.

Embora a situação pareça caótica, a estratégia do PCC tem realmente avançado de forma constante.

O PCC anunciou em julho de 2015 que estava completando operações de construção de ilhas no Mar do Sul da China. O Epoch Times reportou com precisão que o PCC estaria apenas movendo-se para “fase 2” de suas operações.

“Isso indica que eles ja estão se direcionando para a fase 2,  que envolve a construção de instalações e recursos nestas ilhas”, disse Mira Rapp-Hooper, diretora da Asia Maritime Transparency Initiative do Center for Strategic & International Studies, na época.

O PCC está exatamente agora nessa segunda fase, que quando for concluída, fará com que a fase 3 se inicie em seguida.

A terceira fase será provavelmente aquilo que os especialistas de defesa vêm alertando há anos: a fase em que o PCC cumprirá suas ameaças e começará a atacar navios e aviões militares estrangeiros que passarem pela região.

Esta próxima fase pode não estar longe. Em 28 de fevereiro, O South China Morning Post reportou que as “Forças armadas da China estão preparadas para ‘defender a soberania’ no Mar do  Sul da China”.

Ele citou que o general do Exército da Libertação Popular,  Wang Jiaocheng, disse que “Nenhum país será autorizado a usar qualquer desculpa ou ação para ameaçar a soberania e a segurança da China”, ele ainda acrescentou que “a missão mais importante  é salvaguardar os direitos e interesses no Mar do Sul da China.”

A partir de agora, se o PCC terá sucesso no seu plano ou não, depende se os Estados Unidos escolherão recuar – não parece que esteja nos planos militares dos EUA fazer isso tão cedo.

O comandante do US Pacific Command, almirante Harry Harris, disse recentemente que o PCC está “mudando o cenário operacional no Mar do Sul da China”, e disse que os Estados Unidos continuarão com suas rotineiras patrulhas na região, independentemente das ameaças ou reivindicações do PCC.

“Estou ciente da ameaça de Conflitos de Baixa Intensidade (LIC – Low Intensity Conflicts). Prestarei atenção à ameaça”, disse ele. “Mas isso não nos impedirá de voar, navegar ou operar sempre que a lei internacional permitir.”

Fonte: Epoch Times.

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